21 de set. de 2009

desfrutando sonhos.

Sonhos são lindos como as gotas de orvalho pela manhã. Quando acordamos delicadamente eles secam. O calor do sol os faz desaparecer como se nada estivesse acontecido, como se nunca estivessem aparecido. Como um papel consumido com a brasa forte da lareira no inverno. Uma folha caindo da oliveira. Um carinho inacabado, um beijo nunca começado.
São meus dedos ao tocar seus cabelos molhados no sereno daquela terça feira, onde jamais pude deixá-lo partir. Naquele instante senti-me egoísta. E com minha insistência sua presença se fez e encheu-me de prazer e juventude. A rapidez com que aquele momento iria se findar me tornou incapaz de pronunciar qualquer outra palavra, a não serem aquelas que estavam dentro da sua boca, que me consumiam. Com um desejo de poder nunca mais abrir os olhos e desfrutar o gostinho de hortelã. Seria loucura abandonar seus lábios enquanto pude ver a lua tão perto, o sol tão mais quente e um campo lindo de margaridas a nossa volta.
Aquele momento… Foi à maior prova de que jamais deixarei de sonhar. Sonho meu, sonho meu. Não me acorde, por favor!

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