ATO I
Cena 1
PERDIDA NA FLORESTA - EXTERNO - NOITE
NARRADOR: O nome dela é Marina e tem apenas 16 anos, coisas estranhas costumam acontecer com essa menina a toda hora. E naquele dia não foi diferente.
Como num suspiro, Marina acorda atordoada com uma sensação estranha. Coloca suas mãos sobre o rosto e vê que havia marcas de sangue.
MARINA: Onde estou?
MARINA: Credo, cadê minha mochila? (desesperada)
MARINA: Ai meu Deus, o que aconteceu com a minha roupa? (desesperada)
A menina levanta rapidamente, olha para todos os lados,começa a entrar em pânico por não lembrar de absolutamente nada. Ela está perdida, sem sua mochila, com suas roupas sujas e rasgadas, seu cabelo bagunçado e não sabe onde está. Ela sai correndo.
NARRADOR: O desespero toma conta dela, que não resiste e sai correndo daquele lugar sombrio. Mau sabe o que está para acontecer ainda...
Cansada coloca as mãos na cintura e desiste de correr. Consegue desajeitadamente avistar uma pedra e se senta choramingando.
MARINA: Estou sem fôlego! Estou perdida, suja em um lugar horrível e escuro, que nem ao menos sei onde é e como sair daqui!!!
MARINA: Por que comigo? Por que acontece comigo?
MARINA: Minha mãe vai me matar quando eu chegar em casa e me ver nesse estado. Para ajudar meu relógio sumiu junto com minhas outras coisas, não sei nem que horas são. E está ficando cada vez mais escuro!
MARINA: Ai meu pescoço... o que...o que...o que é isso? (gaguejando)
Ela sente, tocando com seus dedos no pescoço que há uma marca ali que antes não existia. E percebe que começa a arder.
MARINA: Aiii, dói muito. Por que eu não consigo me lembrar de nada? Será que adormeci no bosque enquanto lia meu livro?
MARINA: Não pode ser isso. A menos que...
MARINA: Oh não! O livro!
NARRADOR: Conseguindo um pouco das lembranças do que mais gostava de fazer durante o pôr do sol, Marina vai à busca do que lhe sobrou na memória. A intuição fala alto em seu coração, de que tudo isso é por causa daquilo que ela sempre faz quando abre um livro: "Deseja entrar na história".
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