26 de abr. de 2010

ao pôr do sol.

ATO I Cena 1 PERDIDA NA FLORESTA - EXTERNO - NOITE
NARRADOR: O nome dela é Marina e tem apenas 16 anos, coisas estranhas costumam acontecer com essa menina a toda hora. E naquele dia não foi diferente.
Como num suspiro, Marina acorda atordoada com uma sensação estranha. Coloca suas mãos sobre o rosto e vê que havia marcas de sangue.
MARINA: Onde estou? MARINA: Credo, cadê minha mochila? (desesperada) MARINA: Ai meu Deus, o que aconteceu com a minha roupa? (desesperada)
A menina levanta rapidamente, olha para todos os lados,começa a entrar em pânico por não lembrar de absolutamente nada. Ela está perdida, sem sua mochila, com suas roupas sujas e rasgadas, seu cabelo bagunçado e não sabe onde está. Ela sai correndo.
NARRADOR: O desespero toma conta dela, que não resiste e sai correndo daquele lugar sombrio. Mau sabe o que está para acontecer ainda...
Cansada coloca as mãos na cintura e desiste de correr. Consegue desajeitadamente avistar uma pedra e se senta choramingando.
MARINA: Estou sem fôlego! Estou perdida, suja em um lugar horrível e escuro, que nem ao menos sei onde é e como sair daqui!!! MARINA: Por que comigo? Por que acontece comigo? MARINA: Minha mãe vai me matar quando eu chegar em casa e me ver nesse estado. Para ajudar meu relógio sumiu junto com minhas outras coisas, não sei nem que horas são. E está ficando cada vez mais escuro! MARINA: Ai meu pescoço... o que...o que...o que é isso? (gaguejando)
Ela sente, tocando com seus dedos no pescoço que há uma marca ali que antes não existia. E percebe que começa a arder.
MARINA: Aiii, dói muito. Por que eu não consigo me lembrar de nada? Será que adormeci no bosque enquanto lia meu livro? MARINA: Não pode ser isso. A menos que... MARINA: Oh não! O livro!
NARRADOR: Conseguindo um pouco das lembranças do que mais gostava de fazer durante o pôr do sol, Marina vai à busca do que lhe sobrou na memória. A intuição fala alto em seu coração, de que tudo isso é por causa daquilo que ela sempre faz quando abre um livro: "Deseja entrar na história".

20 de abr. de 2010

testemunho vivo.

Estava tudo programado e naquela noite sai com meu namorado e alguns amigos. O barzinho era agradável, as companhias também, o amendoim valeu a pena e as risadas eram tudo que eu precisava. Decidimos não chegar muito tarde a casa, era por volta das 2:30 da madrugada. Meu namorado iria dormir na casa do meu amigo e vizinho, logo, ele emprestou seu carro para eu e minha irmã irmos para casa. Tive dificuldade em abrir o portão, estava muito pesado. O carro foi estacionado e eu ainda não tinha conseguido fechar o maldito portão (coisa que nunca acontece). Pedi ajuda. Minha Irmã me entregou a chave do carro e sua bolsa. Fiquei observando ela se debater, também, ao tentar fechar o portão de casa. Direcionei-me para a porta do carro, quando lentamente vi que ele estava começando a se mexer. Fiquei desesperada quando notei que minha irmã estava no meio da direção para onde o carro estava se dirigindo. Primeira reação: Gritei “O carro está descendo a rampa!” Segunda reação: Instinto de proteção... Tentei parar o carro. (detalhe, eu estava de salto) Por incrível que pareça, antes do carro tomar velocidade na descida e bater no portão, ele simplesmente parou. Sim, o carro parou numa descida onde estava na direção de um portão. Foi coisa de 10 centímetros. Minha irmã espremida no muro e com a blusa presa na porta do carro, eu esmagada no portão. Em menos de 5 segundos, como se alguém estivesse dentro do carro, dando a ré, o carro pega força e velocidade suficiente para derrubar o portão e me derrubar junto, porém, debaixo da roda. Pânico total. Gritei horrores. Houve muita dor. O tempo não passava, minhas forças chegavam ao fim, meus gritos se transformavam em gemidos de angústia, já estava conformada com minha situação, apenas esperando a 2° roda passar por cima de mim para acabar com todo aquele sofrimento. Eu conseguia escutar tudo ao redor, mas nada era maior do que a dor. Inesperadamente ouvi “Se arraste para o lado e não se mexa!” Aquelas palavras subiram ao meu coração. Houve esperança dentro de mim que algo iria parar todo aquele horrível momento. Repuxando-me com dificuldade e muito esforço, consegui sair. Em segundos o carro desce com força, passando por cima do meu cabelo comprido e da minha blusa. Estava jogava no meio da calçada que é coberta por pedras, com dores terríveis. Vi minha irmã do outro lado da rua ainda presa ao carro parado. Tentei levantar, gemi e continuei na mesma posição. Ao perceber o que realmente estava acontecendo comigo, mexi minhas pernas, vi que não havia nada nelas. Passei minhas mãos sobre minhas costelas, vi que também nada tinha ocorrido, para meu grande alívio. Porém, meu ombro esquerdo, havia uma sensação insuportável e não conseguia levantá-lo. Vi certo movimento ao meu redor, minha irmã, minha mãe desesperadamente aos berros e uma vizinha que é uma senhora muito simples e de boa índole. Ela dirigiu as palavras a mim da seguinte maneira: “Querida, você tem consciência de que o que aconteceu aqui hoje não foi um mero acidente, e sim um grande livramento de Deus. Volte logo para a igreja, pois é lá o seu lugar.” Além do meu choque momentâneo (sou uma jovem desviada dos caminhos do Senhor Jesus, que ultimamente andou fazendo coisas que não deveria, conforme meus princípios), pensei comigo – “Por que eu?” A ambulância chegou, fui carregada com cuidado ao hospital, fiz exames, tremi de nervosa e de frio naquele sábado, pré-feriado de páscoa. Conclusão, uma clavícula quebrada, vários arrependimentos e orações incessantes de agradecimento por minha vida ter sido poupada. Realmente naquela madrugada tudo parecia bem, mas, nada foi normal. Se afastar de Deus é besteira, você nunca tem motivos sólidos, apenas arranja ‘boas desculpas’ para escapar dos seus deveres como cristão. Mas é tudo perda de tempo. Verdade! Experiência própria. Volte logo, só Ele proporciona a salvação. Saulo precisou ficar cego para se entregar completamente para Jesus Cristo... (Atos 9: 1-30) “O Senhor disse que Saulo seria seu instrumento para levar o evangelho aos gentios, e que ele sofreria muito pelo nome de Jesus.”